Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011
(Em milhares de reais, onde indicado de outra forma)



13. ATIVOS BIOLÓGICOS

Os ativos biológicos da Companhia compreendem o cultivo e plantio de florestas de pinus e eucalipto para abastecimento de matéria-prima na produção de celulose utilizada no processo de produção de papel e vendas de toras de madeira para terceiros. Em 31 de dezembro de 2012, considerando sua participação na área florestal da sua controlada em conjunto Florestal Vale do Corisco, a Companhia possui 242 mil hectares (243 mil hectares em 31 de dezembro de 2011) de florestas plantadas, desconsiderando as áreas de preservação permanente e reserva legal que devem ser mantidas para atendimento à legislação ambiental brasileira.

O saldo dos ativos biológicos da Companhia é composto pelo custo de formação das florestas e do diferencial do valor justo sobre o custo de formação, menos os custos necessários para colocação dos ativos em condição de uso ou venda, para que o saldo de ativos biológicos como um todo seja registrado a valor justo, da seguinte forma:

A avaliação dos ativos biológicos por seu valor justo considera certas estimativas, tais como: preço de madeira, taxa de desconto, plano de colheita das florestas e volume de produtividade, as quais estão sujeitas a incertezas, podendo gerar efeitos nos resultados futuros em decorrência de suas variações.

Não existem ativos biológicos dados em garantia de operações firmadas pela Companhia e as informações acerca do seguro dos ativos biológicos e riscos financeiros das operações florestais se encontram descritas na nota explicativa 26.

a) Premissas para o reconhecimento do valor justo dos ativos biológicos

Com base no CPC 29 (equivalente ao IAS 41) - Ativo Biológico e Produto Agrícola, a Companhia reconhece seus ativos biológicos a valor justo adotando as seguintes premissas em sua apuração:

(i) Serão mantidas a custo histórico as florestas de eucalipto até o terceiro ano de plantio e florestas de pinus até o quinto ano de plantio, em decorrência do entendimento da Administração de que durante esse período, o custo histórico dos ativos biológicos se aproxima de seu valor justo;

(ii) As florestas após o terceiro e quinto ano de plantio, de eucalipto e pinus respectivamente, são valorizadas por seu valor justo, o qual reflete o preço de venda do ativo menos os custos necessários para colocação do produto em condições de venda ou consumo;

(iii) A metodologia utilizada na mensuração do valor justo dos ativos biológicos corresponde à projeção dos fluxos de caixa futuros descontados de acordo com o ciclo de produtividade projetado das florestas, levando-se em consideração as variações de preço e crescimento dos ativos biológicos;

(iv) A taxa de desconto utilizada nos fluxos de caixa corresponde ao WACC (Custo de Capital Ponderado) da Companhia, o qual é revisado periodicamente pela Administração;

(v) Os volumes de produtividade projetados das florestas são definidos com base em uma estratificação em função de cada espécie, material genético, regime de manejo florestal, potencial produtivo, rotação e idade das florestas. O conjunto dessas características compõe um índice denominado IMA (Incremento Médio Anual), expresso em metros cúbicos por hectare/ano utilizado como base na projeção de produtividade.

O plano de corte das culturas mantidas pela Companhia é variável entre 6 e 7 anos para eucalipto e entre 14 e 15 anos para pinus;

(vi) Os preços dos ativos biológicos, denominados em R$/metro cúbico são obtidos através de pesquisas de preço de mercado, divulgados por empresas especializadas, além dos preços praticados pela Companhia em vendas para terceiros. Os preços obtidos são ajustados deduzindo-se os custos de capital referente a terras, em decorrência de tratarem-se de ativos contribuintes para o plantio das florestas e demais custos necessários para colocação dos ativos em condição de venda ou consumo;

(vii) Os gastos com plantio referem-se aos custos de formação dos ativos biológicos;

(viii) A apuração da exaustão dos ativos biológicos é realizada com base no valor justo dos ativos biológicos colhidos no período;

(ix) A Companhia definiu por efetuar a reavaliação do valor justo de seus ativos biológicos trimestralmente, sob o entendimento de que esse intervalo é suficiente para que não haja defasagem significativa do saldo de valor justo dos ativos biológicos registrado em suas demonstrações financeiras.

b) Reconciliação e movimentação das variações de valor justo

(i) Correspondendo à deconsolidação da Centaurus Holdings S.A. mencionada nas notas explicativas 1 e 3.

(ii) Correspondente à consolidação a partir de junho/12 da controlada Centaurus Holdings S.A., mencionada nas notas explicativas 1 e 3.

(iii) Correspondente à dissolução da Sociedade em Conta de Participação Leal, mencionada nas notas explicativas 1 e 3.

(iv) Correspondente à criação de nova controlada denominada Sociedade em Conta de Participação CG Forest, mencionada nas notas explicativas 1 e 3.

No exercício de 2012 destaca-se na variação do valor justo o aumento nos preços praticados na avaliação e a revisão do WACC da Companhia, reduzindo a taxa de desconto utilizada no fluxo de caixa descontado, aumentando o valor justo dos ativos, refletido na variação do crescimento do período.

A exaustão dos ativos biológicos dos períodos apresentados foi substancialmente apropriada ao custo de produção, após alocação nos estoques mediante colheita das florestas e utilização no processo produtivo ou venda para terceiros.



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